Seguindo as recomendações da Organização
Mundial de Saúde (OMS), nesta Década de Ação pela Segurança no Trânsito, o
Detran/RS lança uma campanha para incentivar o uso do cinto de segurança,
especialmente no banco de trás. De acordo com o Manual de Segurança no Trânsito
da OMS, uma retrospectiva das pesquisas sobre a efetividade do equipamento
comprovou que seu uso reduz a probabilidade de morrer no acidente em 40 a 50%
no banco da frente e em 75% no banco de trás.
O impacto nas lesões graves também guarda praticamente
a mesma proporção, enquanto nas lesões leves fica em torno de 20 a 30%.
Análises mais detalhadas indicam que o cinto é mais eficaz em colisões frontais
e saídas de estrada, onde a probabilidade de ser ejetado para fora do carro é
maior.
Muitas pessoas não usam o cinto no banco de
trás por se sentirem mais protegidas, mas qualquer pessoa sem cinto dentro do
veículo pode ser responsável pela morte de todas as outras em um eventual
acidente, já que, com a velocidade, a massa corporal tem o peso multiplicado
milhares de vezes e costuma se chocar contra os demais ocupantes.
O percentual de uso do cinto de segurança nos
países europeus varia de 70% a mais de 95%. Com relação ao cinto no banco de
trás, a Noruega alcançou o patamar de 92% de uso; a Alemanha, 86% e o Reino
Unido, 83%. Canadá e Finlândia registram o uso do cinto no banco de trás em 80%
dos passageiros.
Para chegar a esse patamar, esses países
percorreram um longo caminho, que vão desde a promulgação de leis tornando o
uso obrigatório e o reforço na fiscalização até a sensibilização da sociedade
através de campanhas informativas. No Brasil, o uso do cinto no banco da frente
é bem disseminado, especialmente a partir de 1998, com a edição do Código de
Trânsito Brasileiro, quando houve um incremento na fiscalização. O processo, no
entanto, não influenciou tanto o uso do equipamento no banco de trás, que é de
difícil fiscalização devido ao cinto subabdominal - daí a importância da
sensibilização do público para a importância do uso.
Uso do equipamento
No Brasil, o suplemento de Saúde da Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2008, realizado pelo IBGE em convênio
com o Ministério da Saúde, apontou que 73% das pessoas usa sempre ou quase
sempre o cinto no banco da frente. Mas esse percentual cai para 37% no banco
traseiro. Outra pesquisa realizada em Porto Alegre para avaliar os resultados
do programa Balada Segura também perguntou aos entrevistados se usavam cinto no
banco de trás quando de carona: 40% responderam que sim e 30%, que não. Os
demais não lembravam ou não tinham andado de carona no período analisado pela
pesquisa.
Uma pesquisa feita no ano de 2011, em São
Paulo, pela companhia que gerencia o trânsito (CET), analisou mais de 10 mil
veículos naquela capital e mostrou que 96% dos motoristas estavam com o cinto
de segurança. Em compensação, apenas 21% dos passageiros adultos do banco de
trás utilizavam o equipamento. Entre as crianças que utilizavam cinto no banco
de trás, o índice subia para 54%.
Fonte: DETRAN/RS (Pesquisa Balada Segura)
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